depois do fogo, as televisões regressam aos locais das tragédias, à procura de histórias que preencham o verão. muitas dessas reportagens pareceram-me francamente acima da média e só pecam por rodarem demasiadas vezes no ecrã - penso ter visto na quarta uma reportagem que já vira na segunda -, num exercício que conduz a uma certa banalização. mas isso já é outra história,
são quase sempre histórias de pessoas, rostos tisnados pelo sol e pela dureza do mundo rural, olhar vazio de esperança. pessoas que perderam tudo, porque, talvez para espanto de muitos, ainda há muito quem viva de quase nada, do que a terra vai dando quando dá.
'conheço' aqueles rostos porque nasci e cresci num mundo assim, entre rostos e vidas dessas.

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